Um em cada 4 sobreviventes de melanoma continua ignorando o filtro solar
2% ainda relatou ter usado cama de bronzeamento nos últimos meses, diz pesquisa
POR REDAÇÃO - PUBLICADO EM 09/04/2013
Ficar exposto ao sol sem a proteção do filtro solar e usar camas de bronzeamento são fatores conhecidos por aumentar o risco de desenvolvimento do melanoma, a forma mais grave e letal de câncer de pele.
Mesmo assim, a responsabilidade parece desaparecer entre alguns dos
sobreviventes da doença. Isso é o que mostra um estudo apresentado na American Association for Cancer Research Annual Meeting 2013, que aconteceu nesta segunda-feira (8) em Washington, nos Estados Unidos.
Para a pesquisa, uma especialista da Yale School of Medicine e colegas avaliaram respostas de sobreviventes de melanoma que participaram da National Health Interview Survey,
realizada em 2010. Foram coletados dados de 171 indivíduos que haviam
conseguido vencer a doença e, inicialmente, foi constatado que a maioria
passou a tomar precauções para minimizar o risco de desenvolver um novo
câncer de pele. Entretanto, boa parte dos indivíduos parecia continuar
ignorando o hábito de usar filtro solar diariamente.
Os
resultados mostraram que 27,3% dos sobreviventes de melanoma disseram
nunca usar filtro solar ao ficar fora de casa, mesmo em um dia
ensolarado, durante um período de uma hora. Outros 15,4% afirmaram que
raramente ou nunca se protegiam na sombra em dias ensolarados. Além
disso, 2,1% disseram ter usado camas de bronzeamento artificial nos últimos 12 meses.
Os
especialistas reforçam que há necessidade de intervenções mais eficazes
para reduzir a exposição solar e o uso de camas de bronzeamento pela
população. Eles desconfiam ainda que algumas pessoas possam sofrer de um
tipo de vício em relação ao bronzeamento.
Previna-se do câncer de pele
Faça
chuva ou faça sol, o filtro solar é peça fundamental para prevenção do
câncer de pele. Mas fazendo uso diário do produto, é fundamental ficar
atento aos principais fatores de risco da doença. Conheça quais são
eles:
Histórico familiar de câncer de pele
Como é o caso de muitas doenças, o histórico familiar indica maior possibilidade de desenvolver câncer de pele. Mas fique atento para as diferenças: se alguém na sua família já teve carcinoma, não é necessário se assustar, mas avise o médico. O carcinoma, como as sardas, é resultado exagero na exposição solar. "O maior problema está no melanoma, que ainda tem um lado genético não muito bem compreendido pela medicina", afirma a dermatologista Márcia Puceli. As características que tornam uma pele mais sensível também podem ser herdadas. "Por isso é tão importante prestar atenção na maneira como cada pele reage ao sol - tanto a sua quanto a dos familiares".